Felipe Soares e Casa Brasilis convidam para noite de audição do disco “Últimos Melhores Dias”
Após assinar produções ao lado de nomes como Emicida, Rael e Rodrigo Ogi, DJ e produtor Felipe Soares lança seu primeiro disco autoral com participação de alguns artistas
Com influências de soul, funk e jazz, em “Últimos Melhores Dias” Felipe Soares apresenta oito músicas produzidas por ele com participações de cantores da cena do rap nacional
Felipe Soares, atualmente DJ do músico Rael, é reconhecido na cena do rap nacional por parcerias com nomes como Emicida, Rodrigo Ogi e Nathy Mc. Em 2016, Soares lança seu primeiro disco autoral “Últimos Melhores Dias”, com oito músicas produzidas por ele, entre elas, uma canção que o próprio artista escreveu. Com influências de soul, funk e jazz, Soares soma referências de artistas como Pete Rock, Marvin Gaye, Errol Garner e Jim Hall. Mostra sua essência além de batidas de rap, agora com sonoridade fluída, mais leve, quase matinal em algumas canções. “Tanto na harmonia como nas letras, tudo nesse disco me representa, ele é o que eu sou”, comenta.
As vozes ficam por conta dos MCs Caio Pimenta Neri (Elo da Corrente), DonCesão, Henrick Fuentes, TAVN e Luana Gaudy. Participam ainda Victor Fão e Bruno Duprê, com arranjos, Léo Grijó (Haze Sounds) que assina a mixagem de uma das músicas e masterização de todas as faixas. Pela primeira vez, Felipe Soares assina além da produção uma letra, da canção “Vento”, cantada por Luana Gaudy. “Essa música é uma metáfora, o vento é o elemento principal, descrito como se fosse capaz de soprar para longe as coisas ruins da vida. Algumas coisas na vida só o tempo tempo pode curar, nesse caso, me refiro ao vento como elemento que representa essa transição, a ação do tempo”, comenta.
Em paralelo ao lançamento de “Últimos Melhores Dias”, Soares segue como DJ ao lado do músico Rael, com quem trabalha desde o final de 2013. Seu trabalho mais recente como produtor aconteceu ao lado de Léo Grijó, com a cantor Lay, no single “Ghetto Woman”, lançado em dezembro de 2015. Como produtor, algumas músicas marcaram sua carreira, como “Não Vejo a Hora”, do rapper Emicida, lançada em 2010 e “A Dama e o Vagabundo”, de Nathy MC em parceria com o rapper Rodrigo Ogi, lançada em 2009. Felipe Soares também produziu o primeiro disco solo de Nathy MC, na época integrante do grupo “Pulse 011”, em 2009.
“Últimos Melhores Dias”, por Rael
“Gostei muito da estética do disco. Maduro, bastante musical. Curto bastante essa ideia de música instrumental que está presente nas produções. Inspira a criar melodias e versos.”
Felipe Soares – Trajetória
Nascido na Vila Antoniêta, Zona Leste de SP, foi na adolescência que Felipe Soares iniciou o contato com o hip hop e conheceu o turntablism – termo criado em 1995 pelo DJ e produtor filipino-americano Babu, membro de respeitados grupos internacionais da cena como Dilated Peoples, Rakaa Iriscience e Evidence, para diferenciar DJs que apenas reproduzem músicas, de profissionais que as manipulam com uso de turntable fonógrafo e mixer.
Segundo o DJ e produtor, a cultura hip hop é a sua faculdade. “O rap me proporcionou conhecer a poesia, como DJ comecei a me interessar por pesquisa musical e por quem fazia a cena acontecer, produtores, gravadoras, outros artistas dessas gravadoras”, comenta. O graffiti e a dança foram para Soares portas para novos conhecimentos. “Outros elementos que fazem parte dessa cultura me fizeram abrir a mente, comecei a conhecer mais sobre artes plásticas e corporais, enxergar a beleza e a contestação dentro dessas formas artísticas”.
Foi com o Clã Leste, grupo formado em 2002, que Soares teve suas primeiras oportunidades. O grupo conhecido por promover o hip hop em São Paulo na época, o convidou para fazer parte do projeto em 2003. Aos 18 anos, Soares inciou sua carreira e passou a trabalhar como DJ e se aprofundar nos estudos sobre turntablism. Influenciado por nomes como os DJs Hum, KL Jay e Marco, Soares dividia seu tempo entre o seus trabalhos fixos e os estudos como DJ, ao lado de Jorgera e Zulu, integrantes do Clã Leste, que o ensinavam todos os dias os primeiros passos da carreira.
Em 2009, enquanto integrante do grupo Clã Leste, Felipe Soares foi convidado para participar do DMC World (maior campeonato de turntablism do mundo), na competição do Brasil. O grupo foi o ganhador do campeonato e convidado para participar no ano seguinte, em que também garantiu o prêmio. Por conta do DMC, o Clã Leste conquistou visibilidade, chegou a ser convidado para representar o Brasil em Londres na competição de teams. Na mesma época, Soares passou a ser reconhecido por isso e conviado para discotecar em diversas regiões braileiras e também for a do Brasil, em países como Ingraterra, França e Suécia.
“Últimos Melhores Dias” – Felipe Soares – 2016
Ficha técnica
1 – PAI (Vocal/ Letra: Henrick Fuentes/ Victória Lucato) – 04:03
2 – AYO – Instrumental – 02:20
3 – HORA CERTA (Vocal/ Letra: Caio Pimenta Neri. Arranjos: Victor Fão) – 03:00
4 – MARVIN GAYE INTERVIEW – Instrumental – 03:50
5 – KOMO (Vocal/ Letra: DonCesão/ TAVN. Arranjos: Bruno Duprê) – 03:00
6 – SÃO PAULO – Instrumental – 03:38
7 – O VENTO (Vocal: Luana Gaudy. Letra: Felipe Soares. Arranjos: Bruno Duprê) – 02:50
8 – PISCES – Instrumental – (Arranjos: Andres Salazar) – 02:46
Todas as faixas foram mixadas por DJ Soares, exceto a faixa KOMO, mixada por Léo Grijó. Todas as faixas foram masterizadas por Léo Grijó (Haze Sounds).
Audição
Data: 10/03/2016 (quinta-feira)
Horário: 19h às 22h
Local: Casa Brasilis
Endereço: Rua Amália de Noronha, 256, Pinheiros
Entrada gratuita