Assista 'Proibido Chorar' o novo videoclipe do @AoCuboOficial
Conheça agora o novo videoclipe ‘Proibido Chorar’ do AO CUBO, que é parte integrante do DVD ‘Videoclipes – Edição especial’ lançado no final de 2011.
O crack já bateu na porta de muita gente, tem quem superou as drogas, e hoje transforma em arte, o que um dia foi realidade. ‘Proibido Chorar’, o novo videoclipe do AO CUBO fala deste mundo que o Dj Fjay, viu bem de perto.
O AO CUBO foi ao extremo, para produzir mais um videoclipe. Mergulharam na realidade de uma boca-de-fumo, na Zona Leste de São Paulo, e atuaram com ex-usuários de crack no vídeo.
O videoclipe simula um resgate num ambiente hostil e tenso. ‘Proibido Chorar’, revela o quanto a música pode ser usada como elemento de resgate.
Dj Fjay fala da armadilha que é experimentar a drogas.
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Fjay é Dj do grupo Ao Cubo
Como o crack e outras drogas chegaram a você? Por quanto tempo?
Cheguei ao Crack usando drogas mais controláveis como bebida, maconha, mesclado (maconha com cocaína), lança perfume e cocaína (pó). Usei crack apenas uma vez no banheiro de um boteco na minha quebrada. A cocaína, usei durante anos.
O que te levou a usar essa droga?
Quando se mora na periferia tudo de ruim chega mais fácil.
Meu pai usou maconha por mais de 30 anos; uma boa parte da minha família usou algum tipo de droga; minha tia morreu de HIV com 36 anos, tomando back (cocaína na veia); em seguida foi meu tio e minha avó, uma mulher correta, ela se envolveu com um cara da cadeia que também morreu de HIV; tio ladrão de banco, padrinho matador de aluguel, tia traficante. Se encontrei isso dentro de casa, imagine na rua. Tentei ser um cidadão comum, na semana eu era trabalhador e no final de semana ladrão. Só que o crime andava ao meu lado, me envolvi por pouco tempo e tive problemas com a Lei. Somente minha mãe que nunca usou drogas, mas acabou sofrendo muito, pois como não tinha base não teve como me aconselhar em muitas coisas da vida.
Como você largou tudo isso e, o que você diz para quem está nessa vida?
Por influencia de um tio próximo, me aproximei do mundo da música, frequentei os bailes black da época, até começar a realiza-los, toquei em vários clubes e casas noturnas da cidade de sampa. Um dia, na programação musical de uma rádio em que eu trabalhava, ouvi uma música que falava ‘Deixa tudo e então vêm’ me impactou, foi o início de um processo para me render ao cristianismo, e deixar de vez os maus caminhos.
Para as pessoas que ainda estão na vida das drogas e do crime, e quer dar um basta definitivo, a única forma que conheço é pela fé.